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sábado, 20 de novembro de 2010

NASCE UMA NOVA NAÇÃO DENTRO DO BRASIL

“À luz de um lampião, na esquina das ruas dos Italianos e José Paulino, no bairro do Bom Retiro, por volta das 20h30 do dia 1º de setembro de 1910, foi fundado o Sport Club Corinthians Paulista”. É o que dizia a placa sob uma réplica do referido lampião, que hoje se encontra na entrada do Parque São Jorge. 

Sabe-se, no entanto, que houve várias reuniões até a concretização da idéia dos cinco operários fundadores: Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira, pintores de parede; Rafael Perrone, sapateiro; Anselmo Correia, motorista; e Carlos Silva, trabalhador braçal. Em uma delas, feita para a escolha do nome, Ambrósio sugeriu: “Por que não Corinthians?”. Como os outros, ele estava encantado com as exibições do Corinthians Team, o melhor time da Inglaterra, que excursionou ao Brasil em agosto de 1910. Estava batizada uma paixão. 

Dado o nome, comprada a bola (na rua São Caetano, por 6 mil réis, arrecadados com uma lista que correu a vizinhança), arranjado o campo (o “lenheiro”, terreno onde, como o nome diz, um vendedor de madeira guardava seu material de trabalho, só faltava jogar. A derrota para o Uniao Lapa, por apenas 1 a 0, foi recebida com festa. Afinal, tratava-se de um adversário já estabelecido na várzea paulistana. 

E na várzea o Corinthians viveu seus primeiros dois anos. Até que um dia ela ficou pequena para o clube dos operários, e eles passaram a alimentar o sonho de jogar campeonatos oficiais. Conseguiram, após muita luta. Se em seu primeiro ano na Liga Paulista (1913) o Corinthians não foi bem, em 1914 levantou seu primeiro troféu, e invicto. Em 1916, repetiu a dose, novamente sem derrota. 

Quando os dois campeonatos paulistas foram unificados, em 1917, o Corinthians já era grande. Nasceu humilde, como seu povo, mas agora estava pronto para mais e maiores conquistas. 



Anos 20: Período de ouro 

Matematicamente, nunca houve uma década tão feliz na história corinthiana quanto a de 1920. Foram seis Campeonatos Paulistas conquistados em dez disputados, com dois tricampeonatos. 

Esses anos 20 haviam começado mal, é verdade, com a perda do Paulista de 1921 para o Paulistano, devido a uma derrota do Timão para o Palestra Itália em plena véspera de Natal. Mas já em 1922 a equipe se recuperou, conquistando um título histórico: campeão paulista de 1922, ano do primeiro centenário da independência do Brasil. No ano seguinte, o que era para ser “só” uma glória por 100 anos virou bi, e, depois, tri, o primeiro dos três da história do clube. 

Além dos pioneiros ídolos Amílcar e Neco, o Corinthians, a essa altura, já contava com outros, como o zagueiro Del Debbio e o atacante Gambarotta, artilheiro do campeonato do centenário com 19 gols. Melhor time da cidade, o Timão tornou-se nessa época, também, campeão de todo o estado de São Paulo ao derrotar o Rio Branco de Americana, campeão do interior, pela Taça Competência tanto em 1923 (5 a 0) quanto em 1924 (2 a 1). 

Em 1926, o presidente Ernesto Cassano compra o terreno do Parque São Jorge, onde quem mandava seus jogos era o Sírio, reinaugurado como novo campo corinthiano dois anos depois com um amistoso com o América, campeão do centenário no Rio, que terminou empatado em 2 a 2. Novas conquistas dentro de campo somente a partir de 1928. 

O sexto título corinthiano em apenas 18 anos de existência vem com novos ídolos no time, como o goleiro Tuffy, o zagueiro Grané e os atacantes Gambinha (irmão de Gambarotta), Rato e De Maria. Em 1929, além do bi, o Corinthians ganha também sua primeira partida internacional, contra o Barracas da Argentina, no Parque São Jorge, por 3 a 1. Também surge o apelido Mosqueteiro, dado pelo jornalista Tomaz Mazzoni, devido à fibra demonstrada em campo naquela partida. 

Quando o segundo tri da década é conquistado, em 1930, o velho ídolo Neco já pode pendurar as chuteiras sossegado, com a sensação de dever cumprido de quem já participou de todas as conquistas nos primeiros 20 anos de vida do Campeão dos Campeões.

Anos 30: Da crise a mais um tri 

O Corinthians abre 1931 goleando o Santos por 5 a 2, na Vila Belmiro, e sagrando-se campeão paulista do ano anterior, seu oitavo título estadual em 20 anos de história. Mas, depois disso, viveria uma de suas maiores crises. De uma vez só, a Lazio, da Itália, veio buscar metade do esquadrão tricampeão paulista em 1928/29/30: Del Debbio, Filó, Rato e De Maria. Como se não bastasse, o goleiro Tuffy, debilitado por uma pneumonia dupla, teve que abandonar o futebol. 

A reposição de peças, agravada pela adaptação aos novos tempos do profissionalismo, demora. Enquanto isso, o corinthiano sofre com colocações medíocres no Campeonato Paulista e com goleadas em clássicos. São tempos de Onça, Brancácio, Chola e outros menos cotados. 

As coisas só começam a melhorar em 1934. A campanha no Paulista não passa novamente de um modesto quarto lugar, mas no final da temporada chega do Paraná um novo artilheiro: Uriel Fernandes, o Teleco. Com ele e De Maria (de volta da Itália), o Corinthians de 1935 é outro. Faz o artilheiro do Paulistão (o próprio Teleco, com nove gols) e chega bem perto do título. 

Em 1936, o Corinthians consegue a façanha de atravessar invicto todo o ano, mas na hora de decidir o Paulista, já em 1937, na qualidade de campeão do primeiro turno, contra o Palestra, vencedor do segundo, o Timão nega fogo. Naquele mesmo ano de 1937, porém, vem o troco: um gol de cabeça de Teleco derrota o velho rival em pleno Parque Antarctica. E praticamente garante a conquista do primeiro título profissional. 

O bi invicto de 1938, conseguido já em meados de 1939, foi conturbado e polêmico. Conturbado porque a partida, interrompida pela chuva, teve de ser realizada em dois dias. Polêmico porque o gol do título contra o São Paulo, marcado por Carlito e que garantiu a taça, teria sido marcado com a mão. O mesmo não aconteceu na campanha do tri, em 1939. Fora uma derrota para o São Paulo, no primeiro turno, o Corinthians não caiu diante de mais ninguém. 

Quando o Pacaembu é inaugurado como marco de uma nova era para o futebol paulista e brasileiro, em 1940, o Corinthians aparece na condição de tricampeão do Estado. Nada indicava que começaria, a partir dali, mais um período de provação. 



Anos 40: A década (quase) perdida 

Se não fosse o título paulista de 1941, o Corinthians teria passado todos os anos 40 em branco. Foi uma campanha quase perfeita: com 16 vitórias em 20 jogos, o Timão se deu ao luxo de perder apenas um, na última rodada, para o Palestra Itália por 2 a 0. Seu ataque marcou, em média, mais de três gols por jogo, e Teleco, mais uma vez, foi o artilheiro da competição, com 26 gols. 

Aquele Corinthians do início dos anos 40 tinha, ainda, o goleiro Ciro (campeão paulista pelo Santos em 1935), o zagueiro Agostinho, da Seleção Paulista, a linha média formada por Jango, Brandão e Dino e o ponta-direita Lopes, que, como Brandão, havia jogado a Copa de 1938. Na frente, o “bailarino” Servílio de Jesus fazia companhia a Teleco. 

Embora seu time não fosse ruim, o Corinthians, dali para a frente, não ganhou mais nenhum título paulista. Nesse meio tempo, o Timão chegou a contar em suas fileiras com gente como Domingos da Guia, o melhor zagueiro do Brasil em todos os tempos, embora já em final de carreira. Em 1946, por exemplo, a equipe chegou a ganhar 18 de seus 20 jogos do campeonato, mas acabou perdendo os únicos dois para o São Paulo, no turno e no returno, e foi o rival quem ficou com a taça. 

Se não ganhava o Paulista, o Timão faturava vários outros troféus. Como a Quinela de Ouro (espécie de embrião do Rio-São Paulo, que reuniu Palestra, São Paulo, Fla e Flu), em 1942. E a Taça Cidade de São Paulo, tradicional triangular de início de temporada entre os três primeiros colocados do ano anterior, que foi parar no Parque São Jorge nada menos que quatro vezes naquele período, em 1942, 43, 47 e 48. 

Os vices também foram muitos: o Corinthians foi o segundo melhor time de São Paulo em 1942, 43, 45, 46 e 47. Até o artilheiro do ano o Corinthians sempre fazia, duas vezes com Milani (24 gols em 1942 e mais 20 em 1943) e três com Servílio (17 gols em 1945, 19 em 1946 e 20 em 1947). Só o título, que era bom, não vinha. Para acabar de vez com isso, na virada para a década de 50, promoveu-se uma renovação, que não demorou para dar certo. 



Anos 50: Glórias Mil 

Campeão do ressuscitado Rio-São Paulo em 1950. Campeão paulista em 1951, quebrando um jejum que já chegava aos fez anos. Bi estadual em 1952, campeão da pequena Taça do Mundo, na Venezuela, em 1953, bi do Rio-São Paulo em 1953/54, campeão do Torneio Internacional Charles Miller em 1955... Ufa! Nos primeiros cinco anos da década de 1950, o Corinthians ganhou absolutamente tudo o que disputou. O segredo? Uma renovação completa começada ainda no final de 1949. 

Caras novas e talentosas, como o goleiro Cabeção, o lateral-direito Idário, o centromédio Roberto Belangero e o Pequeno Polegar Luizinho, todos vindos das equipes de base, tornaram-se logo conhecidos da Fiel. Juntos com os remanescentes Cláudio e Baltazar, mais o goleiro Gilmar, vindo do Jabaquara no começo da década, eles formaram um dos maiores times corinthianos de todos os tempos. 

Símbolos daqueles anos felizes eram também o presidente Alfredo Ignácio Trindade e seu fumegante charuto, sinônimo de corinthianismo. Em 1951, o ataque formado por Cláudio Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário chegou à marca dos 103 gols em 28 partidas (3,67 gols, em média, por jogo). O ano de 1954 foi o da inesquecível conquista do IV Centenário da fundação da cidade. 

Faltava a tradicional Taça dos Invictos de A Gazeta Esportiva, ela veio, duas vezes: em 1956, de forma provisória, e em 1957, em definitivo, com um inesquecível empate em 3 a 3 com o Santos, gol de Paulo no último minutos. A derrota para o São Paulo na decisão do Paulista daquele ano, que o Corinthians liderou de ponta a ponta, foi o canto do cisne da grande equipe. O Timão dos anos 50 envelheceu, não soube se renovar e daí em diante enfrentaria a concorrência desigual do Santos de Pelé. Por 22 anos, não seria mais o mesmo. 



Anos 60: Bate o desespero 

Se existe uma década que o corinthiano gostaria de esquecer é a de 1960. Afinal, foi a única, em 99 anos de história, em que o time não ganhou nenhum título importante (excetuando-se o Rio-São Paulo de 1966, esquartejado entre Timão, Botafogo, Vasco e Santos, por absoluta falta de decisão). Os anos 60 começaram com a assustadora campanha no Paulista de 1961m cujo time foi maldosamente apelidado de “Faz-me Rir”, em referência a um boleiro com este nome. E foram terminar com os fracos desempenhos no Paulista e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a Taça de Prata de 1970. 

Mas nem só de tristezas para os corinthianos foi feito este período. Alegrias também aconteceram, e muitas. A maior delas foi o surgimento de um jogador canhoto, hábil, de chute potente, que parecia predestinado a tirar a equipe do buraco em que se encontrava. Chamava-se Roberto Rivelino e apareceu em 1965. Outros motivos para festejar foram o entrosamento e os gols da dupla Silva e Ney, entre 1962 e 64. A conquista da Taça São Paulo, que envolveu clubes de várias divisões do Estado, em 1962. Os vice-campeonatos paulistas de 1962 (ao lado do São Paulo), 1966 e 1968. O gol de canela de Benê que despachou o São Paulo para um jogo extra perdido para o Santos e para mais um ano na fila, em 1967. Até a camisa da Seleção o Timão chegou a vestir, em um jogo com o Arsenal, em 1965. 

Nada, porém, superou a queda do famigerado tabu de 11 anos sem vitórias sobre o Santos (e, por tabela, sobre Pelé), no inesquecível 6 de março de 1968. Quem viveu garante: naquela noite, os gols de Paulo Borges e Flávio a tudo redimiram. O grito maior, de “campeão”, no entanto, ainda ficaria preso na garganta da Fiel por mais nove dolorosos anos. 



Anos 70: Xô, uruca! 

Um único gol, marcado por Basílio aos 36 minutos do segundo tempo da decisão do Campeonato Paulista de 1977, contra a Ponte Preta, marca a fundação de um novo Corinthians. 

Antes daquele lance, o que existia era um Timão traumatizado por seguidos insucessos. Como a perda do Brasileiro de 1971 na segunda fase, após liderar a primeira, e do de 1972 para o Botafogo, nas semifinais. Do Paulista de 1974 para o Palmeiras, em uma decisão esperada havia duas décadas em que Rivelino acabou servindo de bode expiatório. De outro Brasileiro, em 1976, para o Inter de Falcão. As conquistas eram insatisfatórias para a exigente Fiel, como o Torneio do Povo de 1971 e o Laudo Natel de 1973. As alegrias, poucas, como um histórico 4 a 3 sobre o Palmeiras em jogo de turno do Paulistão de 1971, em que o Timão chegou a estar perdendo por 2 a 0 e 3 a 2. 

Já em 1976 começou a sensação de que a maré iria mudar, quando mais de 70 mil corinthianos invadiram o Maracanã para assistir à semifinal do Brasileirão contra a Máquina do Fluminense e trazes, nos pênaltis, a classificação para a finalíssima contra o Inter. A taça, mais uma vez, não veio, porém ficou a esperança. Mas foi mesmo depois de Basílio (e, principalmente, de Sócrates, contratado em agosto de 1978) que a má fase virou passado. 

O Timão ganhou o primeiro turno de 1978 na base das tabelinhas geniais de Palhinha e Sócrates, fechou os anos 70 com mais um título, o Paulista de 1979 (conquistado outra vez em cima da Ponte), e exorcizou de vez todos os seus fantasmas. 



Anos 80: Tempos democráticos 

Tudo começou com o oitavo lugar no Paulista de 1981, que empurrou o Corinthians para a disputa da Taça de Prata, a atual Série B, no Campeonato Brasileiro do ano seguinte. O Timão parecia no fundo do poço, sem rumo. Mas, nos bastidores, o novo diretor de futebol Adílson Monteiro Alves e os jogadores, liderados por Sócrates, Wladimir e, depois, pelo garoto Casagrande, articulavam um movimento que entraria para a história. Sua primeira vitória foi a ascensão da Taça de Prata para a de Ouro naquele mesmo ano, com o Corinthians classificando-se em um honroso quarto lugar. Tão badalada quanto criticada, a Democracia Corinthiana pregava uma maior participação dos atletas nas decisões referentes ao futebol. E deixou um legado incontestável: o bicampeonato paulista, em 1982/83, conquistado depois de 30 anos. Em ambas as oportunidades a vítima na final foi a mesma: o São Paulo. 

Aquela experiência revolucionária encerrou-se em meados d e1984, com a perda do Campeonato Brasileiro nas semifinais, para o Fluminense, e a ida de Sócrates, seu principal mentor, para a Fiorentina, da Itália. O Corinthians, porém, continuou. 

Com o dinheiro da venda do Doutor, montou-se no Parque São Jorge uma equipe com um craque com passagem pela Seleção em cada posição: Carlos; Édson, Juninho, De León (uruguaio) e Wladimir; Dunga, Biro-Biro, Arturzinho e Zenon; Serginho e Casagrande. Era para ganhar tudo, mas, como acabou não ganhando nada, já na temporada seguinte o Corinthians voltava à velha política de contenção de gastos, tanto no Paulista quanto no Brasileiro. 

Na segunda metade da década, muita coisa ainda iria rola. Uma fantástica reação no Paulista de 1987, do penúltimo lugar do primeiro turno ao vice-campeonato. O gol do então garoto Viola que deu o 20º título paulista, derrotando o Guarani fora de casa e na prorrogação, no ano seguinte. E principalmente a primeira conquista nacional, graças aos gols de falta de Neto, durante a vitoriosa campanha no Brasileiro de 1990. O Corinthians fechava a década classificado para tentar voos internacionais, na Libertadores de 1991. 

Anos 90: A consagração universal 

O Corinthians passou os anos 90 inteiros correndo atrás do reconhecimento internacional. Finalmente o alcançou, já na virada do milênio, com a conquista do I Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, realizado no Brasil, em 2000. Antes desse final feliz, no entanto, a Fiel sofreu muito, como de costume. 

Já em 1991 aconteceu a primeira frustração além-fronteiras da década, quando falhas individuais nos jogos de ida e volta contra o Boca Juniors, pelas oitavas-de-final da Libertadores, deram a classificação aos argentinos. 

Nova chance em Libertadores sé em 1996, a partir da conquista da Copa do Brasil de 1995. O time chegou bem às quartas-de-final, contra o Grêmio, porém novas falhas individuais decretaram uma derrota por 3 a 0 no primeiro jogo, no Pacaembu. Muito difícil de ser tirada na volta, em Porto Alegre. 

Se a obsessão continuava, o pior ainda estava por vir. Foram duas doídas desclassificações nos pênaltis diante do rival Palmeiras, uma em 1999, nas quartas-de-final, e a outra em 2000, nas semifinais, depois que o Mundial da FIFA já estava ganho e a Libertadores mais a final de Tóquio serviriam como ratificação de que o Corinthians era, de fato, a melhor equipe do planeta. 

Nem só da internacionalização, porém, viveram os anos 90, alguns dos mais gloriosos da história corinthiana. No Campeonato Paulista, o time foi campeão em 1995, pela primeira vez com vitória (2 a 1 na prorrogação) sobre o rival Palmeiras em uma final. Repetiu o feito em 1997, sobre o São Paulo, e em 1999, com direito a embaixadinhas de Edílson no jogo decisivo, de novo com o Palmeiras. 

No âmbito nacional, firmou-se de vez, ganhando sua primeira Copa do Brasil, em 1995, e transformando a então conquista solitária de 1990 em um tri, com o bicampeonato brasileiro de 1998/99. Em todas essas vitórias, a marca de m mesmo craque: Marcelinho, o jogador que veio do Flamengo em 1994 para se tornar o quinto maior artilheiro da história corinthiana e cair para sempre nas graças da Fiel. 



Anos 2000: Do céu ao inferno e novamente ao céu 

Nunca na história a gangorra corinthiana oscilou tanto quanto na década de 2000. De títulos à troca de diretoria, passando pelo mais dolorido fato para os alvinegros, o rebaixamento à Série B do Nacional, e a consequente reabilitação. Um ano após sua consagração mundial, o clube continuou com sua mania de ser campeão. 

Maior vencedor do Campeonato Paulista no século XX, o Corinthians começou o século XXI conquistando seu 24º título estadual. Inesquecível foi o duelo nas semifinais, contra o Santos, que se classificava com o empate (1 a 1) até os 47 minutos do segundo tempo, quando Ricardinho apareceu para marcar o gol da vitória. No ano seguinte, 2002, já sob o comando de Carlos Alberto Parreira, o Timão conquistou a Copa do Brasil 72 horas após vencer também o Rio-São Paulo, diante do São Paulo. O ano só não foi completo por causa da derrota para o Santos na final do Brasileirão. 

Mantendo a tradição de conquistar pelo menos um título importante por ano desde 1997, o Corinthians deixa sua marca também em 2003, com mais um Paulista sobre o São Paulo. Pena que este último título tenha sido acompanhado por mais uma desclassificação na Libertadores, diante dos argentinos do River Plate, e pela péssima campanha no Brasileirão. 

Em 2005, bombado pelo dinheiro da parceria com o Grupo MSI, o Corinthians trouxe uma série de galácticos. Jogadores como Roger, Carlos Alberto e, principalmente, o argentino Carlitos Tevez (o melhor de 2004 na América do Sul). Após o vice-campeonato estadual, a equipe conquistou seu tetracampeonato brasileiro (seu primeiro no sistema de pontos corridos). O torneio, no entanto, foi marcado pelo escândalo da “máfia do apito”, mas nada que tirasse o brilho dos gols de Tevez, que não demorou a virar ídolo da Fiel. 

No ano seguinte, a eliminação na Libertadores, novamente para o River Plate, desta vez em pleno Pacaembu, seguida da saída do parceiro, trouxe consequências trágicas para a história do clube. Endividado, o Corinthians não conseguiu mais montar um time competitivo. Nos bastidores, a mudança da diretoria (sai Alberto Dualib e chega Andrés Sanchez prometendo renovação e transparência). Em campo, porém, o trágico, porém inevitável. Em 2007, a péssima campanha no Brasileiro culmina com o rebaixamento à Série B. 

Este momento negro na gloriosa história alvinegra reforçou o amor incondicional da Fiel torcida por seu clube e possibilitou toda uma reestruturação no departamento de futebol. 2008 foi o ano em que “o Coringão voltou”, grito cantado pela massa após a conqusita da segunda divisão, encarada como uma obrigação. A derrota na final da Copa do Brasil para o Sport nem foi tão sentida. O retorno, todavia, se consumou neste ano. A chegada de Ronaldo, maior artilheiro da história das Copas, e as conquistas do Paulista, de forma invicta, e da Copa do Brasil, colocam novamente o Timão na sua condição de grande equipe do futebol brasileiro. 

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